A Emoção de um Voluntariado Jovem
Em meados de Fevereiro fui contactada por um grupo de quatro jovens – "Quatro vozes, mil sorrisos" –
que se propunham a fazer voluntariado na Cerciaz. Após uma 1ª entrevista deparei-me com uma situação um pouco constrangedora, porque depois de questionadas acerca do serviço de voluntariado apercebi-me de que não sabiam sequer do que se tratava.
Guiei-as numa visita pela instituição, diferentes salas e oficinas e de volta à minha sala voltei a perguntar se tinham a certeza do que propunham fazer, dando um prazo de uma semana para pensar na sua decisão.
Foi com agrado que as recebi na semana seguinte, 2 alunas à quinta-feira de tarde e 2 alunas à sexta-feira de tarde. Isto apenas aconteceu na 1ª semana já que na 2ª semana apareceram duas alunas na quinta-feira e as quatro na sexta-feira, e, na seguinte as 4 alunas nos dois dias.
Elas estavam entusiasmadíssimas com o seu trabalho e eu com a sua dedicação.
Promoveram actividades lúdicas que desenvolveram em grupo conjuntamente com os alunos, sendo que duma delas saíram as camisolas, com as quais apresentaram o trabalho na escola.
No entanto nem todas as actividades foram lúdicas, muitas foram de cuidar, dar comer à boca ou até mesmo mudar fraldas, não a bebés mas a jovens mais velhos do que elas, acompanhar o Bócia, entre tantas outras.
Não foi fácil pois o meu papel não era de forma alguma facilitar-lhes o trabalho, mas colocá-las face a face com a realidade da deficiência mental, e, paralelamente dar-lhes a conhecer este mundo extraordinário.
Após algumas semanas de trabalho conjunto, chegam até mim com uma ideia que tiveram:
- angariar fundos para compra e entrega de uma cadeira de rodas à instituição CerciAz.
Esta ideia teve a autoria das 4 jovens e em momento algum, a intervenção da responsável pelo seu voluntariado na cerciaz.
Devo expressar a minha admiração pelas quatro já que hoje em dia não é comum este tipo de atitudes.
Dia 4 de Junho chegam à cerciaz: a Margarida; Micaela; Andreia e a Mariana para a entrega da cadeira. Recebidas pelo vice- presidente da cerciaz, Sr. José Luís e responsável do voluntariado
(eu própria ), aqui está a cadeira, mas mais do que isso, aqui estão 4 meninas transformadas em mulheres e ficam 4 vozes que se ergueram em conjunto, para dar a conhecer aos seus colegas, uma instituição com 30 anos, tão esquecida pela sociedade Oliveirense.
Ficam 1000 sorrisos despoletados por um voluntariado rico em sensações, reconhecem-se sentimentos de agradecimento, de parte a parte ( atrevo-me a dizer! ), por uma experiência rica em calor humano, carinho e sobretudo amor.
A Cerciaz agradece, os alunos mandam saudades e eu pessoalmente desejo as maiores felicidades para o vosso futuro.
que se propunham a fazer voluntariado na Cerciaz. Após uma 1ª entrevista deparei-me com uma situação um pouco constrangedora, porque depois de questionadas acerca do serviço de voluntariado apercebi-me de que não sabiam sequer do que se tratava.
Guiei-as numa visita pela instituição, diferentes salas e oficinas e de volta à minha sala voltei a perguntar se tinham a certeza do que propunham fazer, dando um prazo de uma semana para pensar na sua decisão.
Foi com agrado que as recebi na semana seguinte, 2 alunas à quinta-feira de tarde e 2 alunas à sexta-feira de tarde. Isto apenas aconteceu na 1ª semana já que na 2ª semana apareceram duas alunas na quinta-feira e as quatro na sexta-feira, e, na seguinte as 4 alunas nos dois dias.
Elas estavam entusiasmadíssimas com o seu trabalho e eu com a sua dedicação.
Promoveram actividades lúdicas que desenvolveram em grupo conjuntamente com os alunos, sendo que duma delas saíram as camisolas, com as quais apresentaram o trabalho na escola.
No entanto nem todas as actividades foram lúdicas, muitas foram de cuidar, dar comer à boca ou até mesmo mudar fraldas, não a bebés mas a jovens mais velhos do que elas, acompanhar o Bócia, entre tantas outras.
Não foi fácil pois o meu papel não era de forma alguma facilitar-lhes o trabalho, mas colocá-las face a face com a realidade da deficiência mental, e, paralelamente dar-lhes a conhecer este mundo extraordinário.
Após algumas semanas de trabalho conjunto, chegam até mim com uma ideia que tiveram:
- angariar fundos para compra e entrega de uma cadeira de rodas à instituição CerciAz.
Esta ideia teve a autoria das 4 jovens e em momento algum, a intervenção da responsável pelo seu voluntariado na cerciaz.
Devo expressar a minha admiração pelas quatro já que hoje em dia não é comum este tipo de atitudes.
Dia 4 de Junho chegam à cerciaz: a Margarida; Micaela; Andreia e a Mariana para a entrega da cadeira. Recebidas pelo vice- presidente da cerciaz, Sr. José Luís e responsável do voluntariado
(eu própria ), aqui está a cadeira, mas mais do que isso, aqui estão 4 meninas transformadas em mulheres e ficam 4 vozes que se ergueram em conjunto, para dar a conhecer aos seus colegas, uma instituição com 30 anos, tão esquecida pela sociedade Oliveirense.
Ficam 1000 sorrisos despoletados por um voluntariado rico em sensações, reconhecem-se sentimentos de agradecimento, de parte a parte ( atrevo-me a dizer! ), por uma experiência rica em calor humano, carinho e sobretudo amor.
A Cerciaz agradece, os alunos mandam saudades e eu pessoalmente desejo as maiores felicidades para o vosso futuro.
(Paula Cristina Nogueira - Terapeuta)
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